sexta-feira, 16 de novembro de 2018

OSMUNDO

Naquele lugar tão estranho,
de brigas, de armas e ganhos,
de tudo que existe no mundo, 
entrou por entrar o Osmundo.

Havia bebidas de graça,
"bonecas", mulheres na caça,
casais transando na rua,
beldades dançando já nuas.

Num dado momento uma loura
do tipo que os dias doura
lhe trouxe um copo de quente,
chamou-o pro amor, sorridente. 

Osmundo ficou num conflito:
ia ou não ia o aflito?
Se aquilo fosse arapuca,
findasse num tiro na nuca?

Se a bebida fosse truncada,
se a loura com rosto de fada
não fosse às outras idêntica,
não fosse uma dama da autêntica?

Se o chefe do morro descesse,
cismasse com ele e lhe desse
sentença de morte por nada, 
ciumento da loura assanhada?

Em pânico Osmundo sofria:
dizer um "sim" não podia,
dizer um "não" não devia,
fugir jamais poderia.

Osmundo acordoou urinado,
o peito a pulsar disparado, 
jurando que à igreja voltava,
a vida devassa deixava.

Barão da Mata






quarta-feira, 7 de novembro de 2018

DEBATE PÓS-ELEITORAL DOS PERSONAGENS D' "OS PENSADORES DE BIROSCA"

Poucos dias  após o segundo turno das eleições, nossos amigos reuniram-se num boteco para debater (e alguns comemorarem) os resultados.  Breno Esterco, "O Pitty Boy" estava eufórico como  o quê:
--Porra, cara, é bom demais!  Já distribuo porrada adoidado! Agora vou comprar uma arma. Car****! Agora ninguém vai poder comigo...
--Sai dessa, hem, Breno! --retrucou Eusébio Moça," O Gay" -- Não vem com essa de querer atacar gay, não, porque definição sexual não é pecado nem desvio de caráter...
--Xiiiii! -- interveio Ricardo Pelintra," O Pilantra" -- Vai ficar ruim pra você, Eusébio... O homem não gosta de pessoas como você... Acho que ele vai te fazer usar um corte de cabelo convencional e ainda te meter um coturno nos pés.
--Para, Cardo!! -- resmungou o homoafetivo.
--E aí, Ricardo? -- indagou Marcinha, "A Corretinha" -- O que vai ser de quem aplica golpes como você?
--Simples! -- ele responde de pronto -- Vou abraçar a carreira política.  Porra, nega(!), no Brasil a política é feita como uma luva pra homens como eu! 
--Em quem você votou? -- perguntou Delfino Pateta,"O Imbecil" a Platãozinho, "o Pensador Confuso":
--Fiquei pensando, pensando... Meditei muito... Comecei a considerar que querer um cargo de presidente está intrinsecamente ligado à ambição humana... e a ambição humana pode causar estragos, ser nociva... Mas, em contraponto, o pensamento de Nietsche a vê como algo absolutamente positivo... Assim, fiquei a cogitar sobre ambas as linhas de pensamento...
--Mas e aÍ?!!! -- apressou-o Herculano Ébrio, "O Bêbado" -- Afinal você votou em quem?!!!!
Platãozinho suspirou e revelou, acabrunhado:
--Enquanto refletia, esqueci da hora: perdi o horário de voltar.
Marcinha e alguns outros balançaram a cabeça, indignados, e Rosinha, "A Gostinha", cuidou  logo de declarar:
--Eu votei no Haddad porque achei ele mais "gato".
--Isso é critério, Rosinha?!!! - reprovou-a Marcinha.
--Mas e você?  Em quem votou? -- dirigiu-se Ricardo Pelintra à que desaprovara a amiga.
--Li muito sobre o que foi a ditadura militar, e Bolsonaro me fez pensar muito naqueles tempos.... Ele com aquelas ideias... como poderia ganhar meu voto?
--E você? -- apontou Herculano para Delfino Pateta.
--Eu tive que votar nulo porque a urna eletrônica tava com defeito.
--Com defeito????? --  os outros se espantaram.
--Foi: eu queria votar no Ciro, mas ele não aparecia de jeito nenum na urna...
--Mas votar no Ciro no segundo turno????
--Ué...? Não podia, não?
--Claro que não!!!!!!!
--Mas por quê?
--Deixa pra lá, Delfino!!! -- agastou-se Eusébio Moça.  E depois declarou: -- Eu não votaria no Bolsonaro de jeito nenhum, por motivos óbvios.
Foi quando Breno Esterco levantou-se e bateu no peito, veemente:
--Eu votei nele!!!! Tem mesmo que acabar com toda essa imoralidade que reina no Brasil!!!
--Mas quem é você -- replicou Marcinha -- pra falar em moralidade?
--Acabar com essa nudez e essa pouca-vergonha da televisão e das ruas -- tentou argumentar o vândalo.
--E você não gosta?! -- protestou Herculano Ébrio.
--Gostar eu gosto -- respondeu Breno com um sorriso sem graça -- mas é imoral...
--E o que é imoral?!! -- levantou a voz Herculano -- A nudez ou a fome? O sexo ou o desemprego?
--A pornografia ou os baixos salários? -- apoiou Marcinha.
--Ah(!), pornografia é tudo de bom... -- entusiasmou-se Rosinha -- Um dia, sabe(?), eu tava assistindo a um pornô bem picante na casa de dois amigos, e aí a gente se emocionou, sabe(?)...

--Chega, Rosinha!  --interr








ompeu Marcinha -- Não precisa vir com suas histórias.

E então Ricardo Pelintra contou que votara em Bolsonaro.
--Mas por quê?-- Herculano veio inquisidor.
--Porque é preciso -- sustentou Pelintra -- acabar com essa corrupção, essa patifaria.
--Mas você não é corrupto? -- redarguiu "O Bêbado".
--Mas precisa todo mundo ser? --insistiu Pelintra cinicamente -- Não é melhor deixar a corrupção só pra mim?  Ou vocês não perceberam ainda que aqui no Brasil fica um querendo combater a corrupção do outro? Ué?! Ninguém gosta da concorrência!
Aí "A Corretinha" dirigiu-se a Herculano:
--De quem foi teu voto?
--Nulo!!! -- ele disse sem embaraços.
--Nulo????!!! -- Marcinha levou a mão ao peito, surpresa e contrariada.
Herculano não só permaneceu tranquilo, como também justificou:
--A grande cagada foi feita no primeiro turno, quando o eleitorado, na sua "infinita sabedoria", colocou os dois no segundo turno.  Se é assim, então, pensei, já que nossos sábios eleitores preferiram os dois, era porque sabia que eram os melhores, de modo que, ganhasse quem ganhasse, o Brasil tava ciente de ter escolhido o melhor.  Agora dá licença, que vou dar uma talagada.
Bebido o grande gole,  Marcinha principiou a fazer perguntas ao velho bêbado:
--Por que o rico votou no Bolsonaro?
--Por que não é burro, ora!
--E o pobre?
--Porque não sabia que vai perder todo o quase nada que tem. -- Um soluço, e o alcoólatra completa: -- Quem manda só querer saber de crime, Carnaval  e futebol?
--Mas por que a classe média votou nele?
--Por que pensa que é rica também. -- e  caiu na gargalhada nosso bêbado.
Logo em seguida Platãozinho quis saber:
--A classe média não sabe que não é rica?
--Sabe -- ria novamente Herculano --, mas só na hora de pagar a conta do bar  ou do motel. Ou o cartão de crédito. Ou o presente da amante.
--E quando é que o rico vota no PT?
--Quando é dirigente do partido.
--E o pobre?
--Quando acredita que é partido de trabalhadores -- nova risada de Ébrio.
--E o classe média?
--Quando erra três vezes.
--Três vezes??????
--É: quando acha que existe socialismo, quando acredita que é socialista e, pasmem(!), quando acredita que o PT é socialista.  Agora dá licença pra eu gargalhar de novo.  -- e aí nosso irreverente e constante bêbado Herculano Ébrio riu longamente de escárnio mais uma vez.
Um inconveniente esse Herculano Ébrio.  Deveria ser banido do País.  Nãããoooo!!!!!!! Falei só por falar, meus queridos futuros governantes!!!!  Vai que isso acontece... Vai que a moda pega...

Barão da Mata


Os personagens na sequência:  Delfino Pateta, "O Imbecil", Eusébio Moça, "O Gay",  Herculano Ébrio, "O Bêbado",  Breno Esterco, "O Pitty Boy",  Marcinha, "A Corretinha",  Platãozinho, "O Pensador Confuso",  Ricardo Pelintra, "O Pilantra", e Rosinha, "A Gostosinha"

PENSADORES DE BIROSCA


sábado, 26 de maio de 2018

Não podemos nos deixar iludir pelos candidatos às eleições deste ano.  Em campanha, sempre são contra tudo o que é ruim, injusto e sórdido.  Mas, quando eleitos, são contra tudo o que é justo, bom e digno.

Barão da Mata

NÓS, OS MALUCOS BELEZA DE JACAREPAGUÁ

Os personagens, histórias e situações são todas reais, apenas os nomes são fictícios.
Conheci a Ângela num boteco da Estrada de  Jacarepaguá, de uma forma meio adversa. Era professora de história, uma mulher branca, meio gorda e masculinizada,  tez avermelhada, descendente de alemães. Era 1990, dia do jogo Brasil X Argentina,  em que perdemos por um  a zero.  Eu passara a tarde assistindo ao evento esportivo, certo de que o Brasil venceria de goleada, mas o priomeiro gol não saía; não saía e acabamos tomando ao final do jogo.  Terminada a partida, desci, entrei no bar e pedi uma cerveja. Os comentários não podiam ser outros senão o jogo, e eu tive a infelicidade de dizer que torceria pela Argentina na final.  Foi quando a Ângela, que nem sequer me vira antes, retrucou com veemência: 
--Pela Argentina não torço!  Meu pai foi adido comercial lá... -- depois baixou a cabeça e resmungou  sem nenhum cuidado para que eu não ouvisse: "Idiota!"
Alguns dias depois, entretanto, acabamos  conversando amenidades e o momento político.  Foi quando passou a simpatizar comigo:  ambos éramos radicalmente contra o governo Collor e acreditávamos que existia socialismo; assim, éramos de esquerda.   Comunhão de pensamentos à parte, numa outra oprtunidade ela me soltou um outro "idiota". Juro que numa terceira vez eu acabaria por me acostumar.
O nosso grupo tinha o Maurício, um jovem músico recém-formado, também simpatizante do socialismo e que, além de ser um etilista respeitável, um dia me exibiu o dedo inchado e disse que conseguira aquela proeza cheirando cocaína.  Como aquilo sucedera eu não me lembro, não sei se por ter sido afetado de esquecimento pós-alcoólico ou se por ele não ter explicado nada simplesmente.  Noutra ocasião apareceu com um braço  na tala e tipóia, e me contou:
--Foi num condomínio lá da rua Ituverava...
--O que foi que aconteceu? -- perguntei.
--Tinha ido tomar umas cervejas e, no caminho de casa, deu vontade e eu quis dar uma mijada em frente ao condomínio.  Apareceu um "gorila branco", que fazia a segurança por lá e disse pra eu não fazer. Eu respondi: "Meu amigo, a rua é pública", e comecei a mijar.  O cara me arrebentou na porrada: era um gorila, gorila mesmo!
Uma vez convidei a Ângela pra jantar em minha casa, com minha primeira mulher e minhas filhas, que ainda eram pequenas.  Foi feita uma peixada, e ela já chegou embriagada e roubando um pedaço de posta do prato de uma das minhas meninas.  Depois de as crianças dormirem, propôs que eu a ex-esposa fumássemos maconha no apartamento, junto com ela. Nunca fomos de drogas, não topamos.  Passados alguns minutos,  a mulher foi ao banheiro, saiu e, de volta para a sala, remexeu-se um pouco e deixou que lhe caísse a bermuda de cadarço, ficando de blusa e calcinha (por sinal um calçolão).  Era uma visão aterrorizante. Felizmente ela nao tardou a se recompor.
Contou que num colégio onde dera aulas dissera:
--Consta que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil...
Motivo pelo qual foi advertida pela diretoria:
--Você não pode dizer isso aos alunos.
Em aula seguinte repetiu a dose. Foi demitida.
Ainda contou -- não sei se mentindo ou dizendo a verdade -- ter na juventude sido mulher do Manfredo Colasanti, de haver passado uma noite inteira com o Lupecínio Rodrigues, de haver morado com alguns artistas bem baderneiros e dividir com eles o repúdio e a antipatia dos vizinhos.
Naquele período entretanto vivia com um mecânico beberrão e brigão, que odiava, à minha exceção, todos os amigos da mulher que moravam no bairro, pelo fato de eles sempre dividirem drogas com ela.
Uma vez um desses amigos, numa roda de cinco ou seis, perguntou se eu toparia um dia dar uns tecos, fazer sexo grupal e exercer atividades bissexuais.  Respondi que tinha medo de usar drogas pelo risco de prisão e de ficar dependente e  que, quanto à atividade bissexual, embora não me posissionasse contra, não tinha curiosidade nem interesse em praticá-la.
--Se é cético, já é um bom caminho. -- replicou ele com o apoio da Ângela.
Lá pelas duas da madrugada, quando este estava em outro bar, sentado com dois outros rapazes, resolvi, já bêbado feito um indigente doidão, fazer uma gozação com ele:
--Olhem, meus amigos, procurem não ir embora pra casa, não, porque depois vou distribuir "brioco" pra todo mundo.
Os dois riram sem entender nada, o que propusera também riu, mas um riso amarelo e extremamente sem graça.  Naqueles dias as pessoas tinham vergonha de assumir a homossexualidade.    Saí dali e fui perturbar outro.  
Havia na Freguesia bares inteligentes.  Salvo a Ângela, que tinha exatos cinquenta anos, éramos todos jovens e politicamenre embasados como a mulher. Eu era talvez o menos louco. Mas todos tínhamos responsabilidade política e social. Nós versávamos sobre diversos assuntos.  Gostávamos de filmes, de músicas de boa qualidade, interessávamos-nos pela história do Brasil e do mundo, pela política nacional e internacional, pelos personagens que marcaram a vida do planeta.  Nossa mesa de bar era rica em assuntos.
Não votávemos em ninguém por ser jogador de futebol, galã, palhaço, apresentador de tevê.  Tínhamos aversão ao que chamávamos de direita, não achávamos bonito desempregar legiões de pais de família.  Não nos passaria pela mente nada parecido com reforma trabalhista, previdenciária ou  qualquer outra que servisse de instrumento para agredir  quase uma sociedade inteira.  Não comíamos estrume pelos olhos e ouvidos, pois não acreditávamos na grande imprensa nem nos formadores de opinião da mídia.  Repelíamos com intensidade a tecnocracia, por sua total e absoluta carência de humanismo.
Havia por ali também gente reacionária, mas que a era por ignorância, estupidez,  não levada a sério pelos esclarecidos, dentre os últimos o Célio, um "marchand" que, progressista, pregava no deserto suas ideias, ante o silêncio dos imbecis, que não o questionavam por puxassaquismo, já que esse ostentava boa posição social.  Uma vez ele disse, com muita propriedade, que "o Brasil é um país bom pra se roubar, não pra se ganhar dinheiro".  Os calhordas que não o retorquiam ficavam a ponto de querer me linchar quando eu defendia pensamento igual ao daquele homem.  A grande parte deles já deve ter ido para o Inferno.  Infelizmente a Ângela e o marido podem não estar mais vivos, e o "marchand" estará, se não  morreu, estar pelos setenta e poucos anos.
Dizíamos não,  tínhamos convicções firmes, e acho que, assim como eu, todos viram ao longo de todos esses anos os bares tornaram-se pobres de ideias, plenos de alienação e emburrecerem. Vimos a alienação crescer, encorpar-se, o futebol ser a prioridade absoluta de uma nação.  Vemos uma sociedade assistir aos desmandos de políticos inescrupulosos  sem um protesto sequer,  de uma forma lamentavelmente bovina.

Barão da Mata


segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O CAOS DA CULTURA NACIONAL

Houve um sábado em que tomei coragem e assisti ao “Altas Horas”, com Serginho Groismann, que ali teve a desfaçatez (que aliás tem quase todo santo sábado) de exibir ao grande público alguns entre os mais consagrados expoentes da breguice, do mau-gosto e do bizarro que hoje grassam na cultura nacional.

Imagine que tínhamos naquele dia, entre outros culturicidas, Nego do Borel, que além de tentar cantar, relatava num requinte pavoroso de crueldade que já fizera um dueto com Wesley Safadão. Nossa mãe!!!! Sabe o que é um dueto de Nego do Borel com Wesley Safadão?! É um atentado cruel e sanguinolento ao bom-gosto, de deixar qualquer criatura dotada do menor bom-senso estarrecida e deprimida, saturada da vida e desgostosa do mundo.

Como não bastassem Nego do Borel e outros da mesma má qualidade, o apresentador ainda teve a coragem de convidar o Pablo Vitar, eleito pela Globo “a revelação do ano de 2017”. Puxa! Já revelamos coisas muito melhores. Antigamente nosso artista do sexo masculino que cantava com voz feminina era o Ney Matogrosso, de canto  bonito e expressão infinita, dotado de uma técnica de cantar perfeita. Depois do Ney, surgiu o Edson Cordeiro, um fenômeno capaz de executar barítono, tenor, contralto, soprano, numa maestria singular. Pena que este tenha desaparecido do cenário nacional: é assim a cultura brasileira de hoje, que renega os bons. Se Matogrosso e Cordeiro são dois antigos e potenciais talentos, esse Pablo é lamentável como artista.

Numa vã tentativa de assemelhar-se a uma mulher, a atual “revelação”, com cabelos compridos, vestido curto e falando e cantando em falsete, mais parece um participante perdido e desgarrado dos blocos das “piranhas” do Carnaval. A voz é feia, frágil, irritante, rachada,  e o cantor não tem técnica nem competência para usar o que já não é nada bom. Um pseudotalento criado pela mídia, sem nada que possa lastrear o rótulo que lhe dão.

A área cultural no Brasil de hoje é isto. O declínio foi grande, houve um quase aniquilamento da nossa cultura. Copacabana fechava os finais de ano com apresentações de Tom Jobim com Mílton Nascimento, Chico Buarque e Caetano Veloso. Hoje os sertanOjos (como diz Rita Lee), funkeiros, pagodeiros, cantores de axé é que dominam a MPB, tão esfrangalhada e aviltada pelas gravadoras, pelos intérpretes e compositores e pelo mau gosto popular.

Caímos da poesia de Belchior pro ridículo nada-dizer do Michel Teló, de Jessé pra Luan Santana, de Gal Costa pra Anita, de Bethânia pra Valeska Popozuda, de Tim Maia pros Mc's. Uma verdadeira degradação artístico-cultural. O caos da cultura. Caos este que não é mais que um dos reflexos e uma das facetas  do deplorável caos social, moral e político que hoje o Brasil vive e do qual imagino que infelizmente jamais irá se libertar.


Barão da Mata



terça-feira, 2 de janeiro de 2018

PREVISÃO PARA 2018: ESTAMOS FODIDOS MESMO!
















Corrupção corroendo o patrimônio nacional,  impunidade para a podridão, judiciário tendencioso, demagogogos e populistas, maus políticos conspirando contra todos os trabalhadores, a Globo e toda a mídia fazendo parte dessa conspiração, a morte nas filas dos hospitais,  os pastores eletrônicos manipulando as massas, a franca decadência na área cultural.  Tudo isto deixa mais do que notório que o Brasil tem quase nulas chances de umj dia emergir  do fundo do poço em que se encontra.

Barão da Mata