terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O DIA EM QUE A TERRA (DIGO, O RIO) PAROU


Enfim chegou o dia de agradecer a você, que ajudou a eleger o nosso Prefeito, mesmo ciente dos desatinos que pretendia fazer com o já falido trânsito da cidade! 

Que uma vez mais pagou pra ver todos os inconvenientes desta gana que muitos governantes nutrem pelos gigantescos canteiros de obras  (é muita vontade de melhorar).  



A você, carioca abestalhado, que preferiu não projetar o caos que se tornaria a cidade, com o fim da Perimetral e do Mergulhão, sem a possibilidade de uma alternativa viável, não só em relação às vias de acesso ao Centro da Cidade, mas também considerando o transporte púbico de uma maneira geral!

Você meu amigo masoquista, que vai adorar contemplar as belezas da Avenida Brasil, preso no ônibus lotado, sem ar condicionado, no singelo calor de 50 graus, enquanto imagina com qual tamanho de esporro vai ser recebido pelo chefe.



Ou então ao carioca sádico, que trabalha em casa, passa no escritório no meio da tarde, e odeia ver pobre tendo conforto. O que importa é ver a cidade bonita e de preferência, só para você.

E a frase do ilustre mandatário dizendo que o carioca não sentirá falta da perimetral? Ou deboche, ou destinada a gerações futuras, que poderão ir para o trabalho no confortável metrô da linha 7 e na hora do almoço dar aquela relaxada no esplendoroso Porto Maravilha, à beira da despoluída Baía de Guanabara. Parece bom.

Leônidas Falcão 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

NOSSA DIVA CRAQUE DÁ MAIS UM SHOW DE BOLA! FELIPÃO, O POVO PEDE: CONVOCA A DILMA!

E não é que S.Excia. chutou novamente uma bola de futebol, no recém-construído estádio Areia das Dunas, em Natal? Segundo “O Valor Econômico”, o pontapezinho teve um custo aos cofres públicos de R$ 420.000,000,00 (quatrocentos e vinte milhões de reais). 
http://www.valor.com.br/politica/3403816/em-natal-dilma-enfrenta-primeiro-protesto-em-ano-da-copa#ixzz2rEyBvQZx Dava pra construir uns dez excelentes hospitais, mas o nosso “querido” Ronaldo já deixou claro que saúde é irrelevante, ao dizer que futebol se joga em estádio, não em hospital. Eta pãozinho com circo danado! Não se tem saúde, educação, o nível de emprego cai a cada dia, desde quando nossa “rainha” assumiu o governo, mas o Brasil tem bolsa-família (pão) e estádios lindos de se ver (circo)!
Quando comentei no trabalho sobre a nova demonstração de futebol-arte de nossa “fada”, alguém fez uma colocação perfeita – mas perfeita de eu não me perdoar por não não ter a ideia a mim ocorrido: “Ela é o Odorico Paraguaçu de saias”. A figura é ireetocável! Dilma é o próprio prefeito de Sucupira, criado por Dias Gomes e interpretado por Paulo Gracindo, só que na versão feminina. Já o Lula, guru de nossa “musa”, é o personagem de calças mesmo. Meu Deus, quanta demagogia barata! Quanto populismo sustentado por falsas simpatias e verbas e gestos patéticos e pífios! É muito lamentável que ainda nos dias de hoje esta maneira ridícula de fazer política perdure no Brasil.
Mas existe, é claro, quem goste deste tipo de teatro circense, que ri de orelha a orelha a cada vez em que o Lula faz uma piada de mau gosto enquanto pisoteia a língua portuguesa, achando que o ex-atual-futuro-presidente ainda é um homem do povo ou à cuja cabeça não subiram o poder e o prestígio. São os mesmos que pensam que nosso arremedo de Margaret Thatcher é de fato uma mulher longe de arrogâncias e pedantismos. Não querendo ficar na contramão, é claro , já que todo senso crítico por aqui é visto como espírito de contrariedade, postura contrária pelo propósito único de ser do contra, vou dar minha opinião sobre nossa presidente e seu antecessor. Dilma para mim reúne em si o talento futebolístico de Pelé e Neimar, a humildade de Buda quando se desfez de seus luxos para viver vestido de farrapos... Pois é, junta
a humildade de Buda com a bondade de Francisco de Assis e a sabedoria de Sócrates; isto sem levar em conta que é também tão bondosa e sábia quanto Mahatma Ghandi. Quanto ao Lula, vocês podem não crer, mas ele é a própria reencarnação de Jesus Cristo: é o messias que volta após milênios de espera, com o fito de fazer justiça, recompensar os bons, castigar os maus e, em sua altíssima santidade, remir os não tão maus de seus pecados, dando-lhes a chance de se tornarem angelicais no verdadeiro paraíso em que se transformará o Brasil sob a eterna gestão petista.
Os petistas vieram com a missão celestial de varrer do Brasil a opressão, a fome, as desigualdades, as infâmias, a corrupção, as crueldades, o sofrimento. Mensalões e outros tipos de corrupção são questões menores diante da tamanha grandeza do partido, seus líderes e militantes, que, como deidades que são, apenas escrevem certo por linhas tortas, enquanto nós, meros mortais, somos reles e desprovidos de inteligência para compreendê-los.
Tá bom assim? Viram? Não tô mais na contramão e agora posso ser recebido por essa imensa confraria de militantes e políticos do PT, fazendo-me assim digno de sua mais sagrada unção.  Desde que, é lógica, a unção não seja a extrema.

Barão da Mata

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A TERRA DE PAGODIM

A terra de Pagodim
tem cascatas e morros e matas
tão bonitas de se admirar...
tem morenas e louras, mulatas
tão boas de um ser desejar.

A terra de Pagodim
é de beleza singela
que a gente precisa cantar
e tem também a Estela,
que faz em suspiros sonhar.

Por falar em sonhos, há tantas igrejas
onde o povo de vida modesta
sonha anjos, céu, paraíso,
confiante que, partindo desta,
só terá razões de sorrisos.

Na terra de Pagodim
não se sonham tão-só sonhos místicos,
eu vejo também também sonho artístico
de quem samba nos botequins.
Lá tem muita moça bonita
com sonhos de Cinderela
e também tem a Rosita,
que não é tão moça, mas também é bonita
e sonha também namorar,
mas o marido - bandido! -
insiste em nunca deixar.

A terra de Pagodim
tem o Fluminense treinando
e uma meninada sonhando
aplausos, estádios, fortuna.

A terra de Pagodim
tem casas e ruas singelas,
tem bares de muita alegria,
lugares de muita poesia,
tem, não nego, suas mazelas,
mas faz este bardo louvar
a terra de Pagodim.

2008
Barão da Mata 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O ESCRITOR DO FUTURO


O filme "500 dias com ela", do diretor Marc Webb, dispensa indicações. Afinal, é exibido, pelo menos, uma vez por semana, em algum canal da TV a cabo. Mas é que a produção trouxe-me uma reflexão inesperada, que dificilmente terá sido prevista pelo seu idealizador. 

Na história, o personagem protagonista Tom Hensen, o apaixonado, trabalha como escritor de cartões festivos. O filme retrata a função como um emprego medíocre, que o mocinho só exerce até dar sua guinada, para finalmente dedicar-se à carreira que realmente o atrai, a arquitetura.



Chamou-me a atenção esta abordagem a respeito dos rápidos e chamativos slogans que necessariamente devem estar estampados nos cartões. E foi assim, pensando na velocidade que a vida moderna nos exige... na falta de tempo, paciência e/ou interesse que demonstramos ao encontrar um texto com mais de três parágrafos (nesta árdua empreitada neste espaço, posso reclamar disto com propriedade), que topei com uma possibilidade atormentadora:

"No futuro, não serão os escritores de cartões, tão menosprezados em "500 dias com ela", aqueles que realmente terão a oportunidade de serem lidos e consagrados? Talvez sejam eles, com seus textos curtos, rápidos, impactantes e descartáveis, os literatas do futuro, os prêmios Jabuti e quem sabe o Nobel, daqui a pouco mais de 500 dias."

Leônidas Falcão 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O FACEBOOK NÃO GOSTA DE MIM, MAS UNS LEITORES GOSTAM

Definitivamente o Facebook nunca gostou de mim.  Há mais de dois anos vivem no meu pé. Tento publicar, recebo a mensagem de que " a sua postagem não pôde ser publicada porque foi considerada por um membro do grupo como abusiva".  Repasso o link de uma petição pública e leio que "a sua mensagem não foi enviada por ter sido 'denunciada' como spam".   Se jogassem no bicho, estariam me cercando pelos sete lados (risos).  Tento uma postagem pública e vejo que "você está bloqueado para postagens".   Não sei se não gostam de mim ou não gostam de ninguém que se nomeie Barão.  Será que acham que estou querendo me atribuir um título de nobreza?   Sei que não sou barão, não sou louco, tanto que mantenho bem guardadinha em casa a minha farda de Napoleão Bonaparte, por modéstia, porque o imperador é quem realmente sou.  Mas, sem gracejos, Barão era só o cachorro que tanto amei, e roubei-lhe o nome quando este ainda vivia.  Juntei animal e natureza, coisas que tanto amo, e criei o codinome Barão da Mata.
Mas será que há outros motivos?  Seria o fato de tanto eu ironizar as religiões, não poupar os padres, pastores, pais-de-santo, palestrantes kardecistas, etc...?  Ou será que é por tanto falar mal do PT e me escarnecer dos seus militantes?  Ah! Então é assim? Para permanecer numa rede social é preciso ser governista e religioso?  Mas e se eu me tornar satanista e um dia vencer o neonazismo? Serei bem-aceito?  Só que pra ser hitlerista preciso fazer cirurgia plástica e me pintar de branco - mas a tinta pode escorrer e aí eu tô literalmente lascado.
Bem... Mas vamos puxar um pouco mais pela memória.  Uma vez, quando tinha Orkut, chamei um cara que atacou minha maneira de escrever de subcrítico de merda.  Foi um arranca-rabo verbal danado, que ficou rendendo, e eu achei melhor sair de lá.  Outra vez tentaram me desferir uma ofensa de forma relativamente sutil, através de insinuação, e eu chamei claramente o homem pelo adjetivo que ele me queria atribuir.  
A minha última foi dizer que de herói o Ariel Sharon não tinha nada.  Será que deparei com um judeu mal ciruncidado?  Repito que não tenho nada contra judeus israelenses ou não, mas a dominação de Israel sobre a Palestina, Faixa de Gaza e Cisjordânia é definitivamente lamentável.  Não é aceitável um povo subjugar o outro.  Por falar em subjugar, não tenho nada contra os americanos, mas contra a atitude beligerante e imperialista de seus líderes.  Falo-o porque meu algoz pode também ser um americanófilo patológico.  
Ou seria tão somente uma dona-de-casa, dessas que passam três dias com o mesmo vestido de barriga gordurenta, que não se dão a suas atribuições domésticas e estendem o seu poder de mexericar às redes sociais?  Nada também contra as donas-de-casa, tá?
Uma vez, no Google+, um cara comentou: "Esse senhor Barão está escrevendo no lugar errado." E marcou minha postagem com menos um.  Nem sei como ele conseguiu, sou um mastodonte em informática, redes sociais, essas coisas: só faço o básico.
Não sei quem é ou são os meus perseguidores, mas o fato é que perdi o perfil mais de dez vezes por suas gracinhas.  Este perfil aqui, por exemplo, para recuperar tive de responder quem era determinada pessoa.  Só que minhas duas filhas estavam em duas das três fotos. Mas consegui dar a resposta que eles queriam e não levei pau: fui aprovado.  Isto sem contar ter de reconhecer amigos pelos cavalinhos alados, anjos, pinturas e esculturas que eles tinam na linha do tempo.
Imagine se eu vivesse do Facebook!  Já tava sentado num meio-fio de uma rua bem deserta, a mão estendida, porque já teria ouvido de outros mendigos nos lugares movimentados: "Sai pra lá, que o ponto é meu".
Sem continuar a me estender em conjeturas, para finalizar, tento parafrasear o Chico Buarque, que dizia em "Jorge Maravilha": "Você não gosta de mim, mas sua filha gosta."  Por minha vez, então, profiro: o Facebook não gosta de mim, mas alguns leitores gostam.
Até outra hora, tá, minha gente, se o Facebook assim permitir.

Barão da Mata

sábado, 11 de janeiro de 2014

TRIUNFO SEM ESFORÇO





E não é que o Fluminense conhece como ninguém a fórmula de vencer na vida sem fazer força?

Barão da Mata

OS PAIS-DE-SANTO, PROFISSIONAIS E GURUS E A DOIDEIRA DOS DEPENDENTES

Se existe uma coisa que me impressiona, é o vínculo de dependência que as pessoas criam quanto às  outras, como acontece nas relações que têm com os psicoterapeutas, médicos, cartomantes, tarólogos, pais e mães-de-santo, pastores, padres, etc... Conheci uma taróloga e cartomante que era consultada pelas pessoas que a ela recorriam pelos motivos mais diversos e inusitados, alguns até extremamente fúteis.  Relato até o caso de um indivíduo que ligou-lhe por volta das sete da manhã, num domingo, de um hospital onde estava internado, e pediu-lhe que visse nas cartas como estava seu estado de saúde e se se sairia bem.  Juro que é a mais absoluta verdade!  Testemunhei os telefonemas, ouvi os recados na secretária eletrônica.
Sei de gente que não dá sossego aos psicólgos, de evangélicos que consultam os pastores para cada passo que dão na vida.  Há casos famosos de influência extrema de pastores sobre os fiéis, como o de Jim Jones, que em 1978 se matou e levou mais de novecentos ao suicídio.
Mas não quero aqui versar sobre coisas sérias, quero soltar  a imaginação.  Imagino o psicoterapeuta que recebe às 3 da manhã o telefonema de um paciente desperado.
- Alô!
- Renato, é você?
- Sou, mas, meu Deus(!), quem tá falando a essa hora?!
- Sou eu, o Lúcio!
- Mas que Lúcio, meu amigo! Tenho tanto paciente...!
- O Lúcio... aquele que só goza ouvindo sertanejo...
- Ah! Sei, sei! Mas o que faz você me ligar a essa hora, homem de Deus!  Interrompeu meu sonho erótico...!
- O problema é por aí, meu querido...  É que acabei de broxar agora, quando tentei transar com a minha esposa...
-  Puxa, Lúcio, toma um viagra, mas me deixa dormir!
-  Mas onde vou achar viagra às três da manhã?
-  Dá um jeito, meu prezado, mas me deixa dormir, por favor!
-  Você acha que devo tentar de novo?
- Tenta, tenta, por favor! Mas me deixa dormir!
- Você acha que é complexo de culpa ou de inferioridade?
Minutos depois toca o telefone de um pai-de-santo:
- Alô!!! - ele atende assustado - Quem é a essa hora??!!
- Alô, Pedrim d'Exu, aqui é o Renato, o psicoterapeuta!  É que agorinha mesmo um paciente ligou e perturbou meu sono. Você acha que é carga espiritual negativa?

Barão da Mata

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A MINHA GRANDE IMBECILIDADE EM TENTAR CONTAR COM A GLOBO

tomei conhecimento de que o "Fantástico" veiculou uma matéria em que ensinava como preparar uma tartaruga para degustação.  Mas que imbecil eu fui!  Acho que eles se cansaram de fazer o papel do policial bonzinho.  Sugiro que nas próximas edições instrua o público sobre como cortir couro de onça, caçar tatu, anta, paca, lobo-guará, capivara, etc...
É ISSO AÍ! MOSTRA, GLOBO, A TUA CARA!

Barão da Mata

SOBRE RENEGAR O QUE É ANTIGO

Percebo em algumas pessoas das gerações mais recentes ( e em adesistas nascidas num passado mais remoto ) uma predisposição irracional e simplista  em depreciar e romper com tudo o que é antigo, sem conhecimento de causa, sem a menor análise por exemplo  do valor artístico das obras e do talento de seus criadores. Se o comando é renegar e desprezar o antigo, estou pronto também a aderir. E sugiro que todos nós adiramos a esse verdadeiro movimento acefálico.  É simples: comecemos renegando essas pessoas e suas sub-ideias, depois podemos parar, porque não há nada mais antigo do que renegar o que é antigo.  

Barão da Mata