Eu não sei o que acontece com o Mantega. O homem diz que o PIB cresce, o PIB não cresce. Profetiza que a inflação sobe pouco, a inflação sobe muito. Será alguma pegadinha? Teria o governo convênio de pega-pega com o Faustão? Ou com o Sílvio Santos? Queria ao menos saber o nome da brincadeira. Aliás, nós estamos lidando com um governo brincalhão mesmo. E capaz de alguns gracejos de péssimo gosto. Por exemplo, a Exma. Sra. Presidente da República chutou a bola no estádio e a cara da gente ao dar um presente à indústria farmacêutica de 6,5% nos preços dos medicamentos, mesmo depois de só haver permitido para as classes trabalhadoras reajustes salarias indignos do nome e em percentuais miseráveis, humilhantes, aviltantes, acintosos.
Mas quero voltar ao Mantega. Será que, no joguinho da previsão furada, mente propositadamente e com o intuito de ver se lhe cresce um nariz de Pinóquio? Não, Mantega, já que você crê em tudo o que não é real, não quero decepcioná-lo, mas o Pinóquio nunca existiu, tá? Será que anda olhando a bola de cristal do lado contrário? Será que o ministro tá com defeito na placa-mãe do futurímetro? Brasileiros loucos por futebol, rezai para que ele não faça uma predição otimista sobre a seleção nesta Copa! O Mantega é a mãe dinah que não deu certo.
O que me impressiona é que nunca vi ninguém fazer tanta pose pra errar tão jocosamente. Não é assim mesmo? Apruma-se, adota um ar de sábio inquestionável, e no fim acaba dizendo besteira. Costumo dizer que política é, além de um jogo (infelizmente não exatamente limpo), um teatro, mas neste caso o escritor da peça é muito fraco, o diretor, pior ainda, porque nosso amigo não convence mais ninguém.
Vai haver um dia em que um sujeito vai receber uma notícia de morte:
- Meus Deus! Morreu mesmo?! Mas quem contou?
- O Mantega.
- Ah! Deixa pra lá! Nosso amigo tá mais vivo do que nunca.
Ou pode acontecer:
- Cicrano, me desculpe, mas eu tenho uma coisa delicada pra falar sobre sua mulher.
- O que é?!! Fala logo! Desembucha!
- Vieram me dizer que ela anda te traindo.
O homem, aflito, segura o outro pelo colarinho:
- Mas quem falou!? Quem falou!!! Diz, seu desgraçado!
- Foi o Mantega...
- Uuuufaaa!! Que alívio!
Se o nosso ministro da Fazenda fosse um médium vidente, seu centro viveria entregue às moscas: ninguém iria consultá-lo. O mais engraçado é que, no dia em que deixar de ser ministro (se isto acontecer), as empresas lhe contratarão a consultoria e as palestras a peso de ouro. Imagine um cara ganhando uma fábula só pra dizer asneira.
O Mantega não é o único piadista do governo. A nossa "querida" presidente diz que desonera os preços da cesta básica e a gente não vê os preços caírem. Piadista como o Lula o mundo jamais irá conhecer. Mas a infeliz conclusão que se tira disto tudo é que, por estes e outros motivos, há muito, talvez desde os primórdios, os governos do PT não merecem nenhuma credibilidade. E nós, palhaços e infortunados personagens de todo este bizarro teatro, vemos apenas os apresentadores de telejornais repetindo as falácias dos mandatários como vacas de presépio, incapazes do mais leve questionamento sobre os absurdos que a gente do poder profere.
Barão da Mata
Nenhum comentário:
Postar um comentário