sábado, 1 de dezembro de 2012

AS CRACOLÂNDIAS E OS POLÍTICOS


Até quando as autoridades, ao invés de tomarem uma atitude efetiva, vão continuar quase tentando varrer a mazela das cracolândias para debaixo do tapete?  Até sempre? Ou será que, políticos que são, vão tentar, como é de praxe, se beneficiar da situação?  Será que vão transformar as cracolândias em atrações turísticas, para que o visitante estrangeiro veja de perto o que é para ele tão insólito, exótico,  bizarro, infernal, podendo testemunhar o que é trágico,  mas tão passível de lhe atrair a curiosidade  (seja esta mórbida ou não) ?  
Desmantelar uma cracolândia hoje e deixar que outra se forme, só desmontando a segunda após  muito apelo da imprensa, é ou não é tentar varrer a sujeira para debaixo do tapete? O poder público, demorando a tomar medidas, dá a impressão de que quer evitar  lidar com o problema, só fazendo-o quando a mídia expõe exaustivamente este último - como se os gestores fingissem que a questão não existisse e a quisessem esconder das pessoas.
Atitudes efetivas de combate às cracolândias são as mesmas que devem ser adotadas na luta contra o tráfico de drogas, com a prisão dos traficantes e a internação dos dependentes químicos, sem que a estes seja dada a faculdade da voluntariedade.  O empreendimento exige gastos e investimentos em mão-de-obra policial, em armamentos e também em saúde, além da disposição ao trabalho por parte dos políticos encarregados da segurança, da saúde e da chefia dos governos estaduais e federal.  E é aí exatamente onde se encontra o grande entrave, porque não é do feitio dos políticos gastar dinheiro para empreendimentos de real interesse público nem trabalhar senão para a obtenção de um futuro mandato. 

Barão da Mata

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